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Tumores de glândulas salivares

Atualizado: 28 de jun. de 2022

As glândulas salivares, como o próprio nome já diz, são responsáveis pela produção de saliva, uma substância secretada na cavidade oral com funções digestivas e protetoras. Assim como outras glândulas do corpo, elas também podem desenvolver problemas, sendo que os tumores de glândulas salivares são um dos mais comuns.


Em relação ao tamanho e à localização, as glândulas parótidas, submandibulares e linguais são chamadas de glândulas salivares maiores, enquanto as outras centenas de glândulas presentes no epitélio de revestimento do trato aerodigestivo superior são chamadas de glândulas salivares menores. Tanto as glândulas salivares maiores quanto as menores podem desenvolver tumores benignos ou malignos. Para esclarecer suas dúvidas, reunimos as principais informações sobre os tumores de glândulas salivares neste artigo. Confira!

O que são tumores de glândulas salivares?

Os tumores de glândulas salivares são caracterizados pelo aumento de volume dessas glândulas devido a causas ainda desconhecidas. É importante ressaltar que nem todo tumor é câncer. Cerca de 80% dos tumores das glândulas salivares são não cancerosos, apresentando crescimento lento e indolor. Geralmente, os tumores aparecem na forma de uma protuberância móvel sob a pele ou sob a mucosa localizada no interior da bochecha. Na maioria das vezes, o tumor tem uma textura macia, mas quando estão secos e cheios de líquido podem ficar mais consistentes.

Quais são os tipos de tumores?

Dentre os tumores benígnos, o adenoma pleomórfico (também chamado de tumor misto) é o mais comum, seguido do cistoadenoma linfomatoso papila (tumor de Warthin). Apesar de benigno, o adenoma pleomórfico apresenta um potencial risco de transformação maligna, ou seja, pode virar câncer. Por isso, é preciso removê-lo cirurgicamente o quanto antes. Tumores como o carcinoma mucoepidermóide, o carcinoma adenoide cístico e outros adenocarcinomas são os tipos malignos que podem acometer as glândulas salivares. O carcinoma adenoide cístico é o tumor maligno mais frequente da glândula submandibular e das glândulas salivares menores.

Quais são os fatores de risco?

O hábito de fumar e o consumo excessivo de bebida alcoólica são sabidamente fatores de risco para o surgimento de vários tipos de câncer, embora não tenham relação direta com o aparecimento de tumores nas glândulas que produzem saliva. Apesar de as causas desse tipo de tumor não serem conhecidas, alguns fatores de risco podem influenciar o aparecimento de tumores nas glândulas salivares. São eles:

  • idade avançada;

  • sexo masculino;

  • histórico familiar;

  • exposição à radiações.

Como identificar um tumor?

Os tumores de glândulas salivares costumam apresentar sintomas específicos que podem ajudar o paciente a identificar o problema. Portanto, se você notar os sintomas abaixo procure um médico especialista:

  • nódulo ou inchaço na boca, bochecha, mandíbula ou pescoço;

  • dor constante na boca, bochecha, mandíbula, ouvido ou pescoço;

  • diferenças entre o lado direito e o esquerdo da face ou pescoço;

  • perda de sensibilidade em parte do rosto;

  • fraqueza dos músculos de um lado da face;

  • dificuldade para engolir.

Como é feito o diagnóstico?

Os tumores de glândulas salivares podem ser diagnosticados por meio de um exame clínico capaz de fornecer o indicativo da doença. No entanto, a maioria dos casos exige a realização de exames por imagem para avaliar a extensão e a natureza da lesão. Geralmente, o médico solicita ultrassonografia e tomografia, sendo que este último é indicado para diagnosticar tumores mais extensos, com sinais de infiltração profunda. Em alguns casos, o profissional ainda pode solicitar outros exames de acordo com o quadro do paciente.

Como tratar os tumores?

O tratamento dos pacientes que possuem algum tumor nas glândulas salivares é individualizado e depende de alguns fatores, sendo que os mais importantes são o tipo e a extensão da doença. Em geral, pacientes que apresentem tumores pequenos nas glândulas salivares têm como melhor forma de tratamento a cirurgia, removendo o tumor de forma completa. Em casos selecionados, o tratamento pode ser realizado com radioterapia e/ou quimioterapia. É importante ressaltar que o diagnóstico precoce é fundamental para garantir a cura do paciente. Por isso, é necessário buscar ajuda médica ao menor indicativo da presença de tumor, além de iniciar o tratamento mais adequado o quanto antes. Gostou do nosso conteúdo? Aproveite e nos siga no Facebook e Instagram para ficar por dentro das novidades. Se restou alguma dúvida, mande sua pergunta através de nossa página de contato.


Material escrito por: Dr. Rafael Nunes Goulart - CRM 15664 / RQE 12369 Dr. Rafael Goulart é formado em medicina pela Unisul, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Seus principais interesses são cirurgias da tireoide, de tumores na cabeça e pescoço e cirurgias na boca, laringe e faringe.

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